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Na dor da ausência, restam as memórias e a saudade de um jovem sonhador que marcou vidas com sua alegria e impulsividade de viver
Nota da Redação | Carlos Henrique Médice, jovem auriflamense, faleceu na noite de sábado, 19 de julho, vítima de um acidente na cidade de Gastão Vidigal. A notícia abalou profundamente a comunidade local, especialmente amigos e familiares que agora enfrentam a dor repentina da perda. Conhecido por seu espírito alegre, idealismo e pelo carisma com que contagiava os que estavam à sua volta, Carlos deixa uma lacuna irreparável em muitos corações.
Em homenagem à sua memória, publicamos abaixo uma crônica escrita por José Augusto Vendramini, que, em tom íntimo e comovente, compartilha a dor da despedida, as doces lembranças e a importância de dizer aquilo que sentimos enquanto há tempo.
Crônica | Por José Augusto Vendramini
Li em algum lugar que é muito caro perder aquilo que não tem preço.
E se conselho valesse digo: diga sempre aquilo que sentes, amanhã ou mais tarde será tarde demais, se não disser. Amanhã ou hoje mesmo tudo pode se acabar, sem avisos, sem despedidas, sem abraços, sem nada; acabou-se.
Só restará as memórias, sweet memories, amargas e doces lembranças...
Só me restou lembrar de nossas conversas no alpendre da Dona Ofélia:
“O que fazes?”
“Onde estuda?”
“E seu pai, continua construindo?”
Tão jovem e muito consciente, maduro, e conversas aproveitáveis e precoce.
Só que a precocidade nos torna irresponsáveis em algum momento desta vida, é só o impulso, o agir, a vontade de fazer e pronto.
Mas nada apagará a tua alegria e a impulsividade de viver.
O tempo passará. Hoje choramos a sua ausência, depois vamos lembrar dos bons momentos e rir desbragadamente das peripécias do seu viver.
Fostes numa noite escura.
O quê pensavas? O que querias?
Ficaram os sonhos a se realizar.
Não mais teremos nossas conversas — um jovem idealista e um velho cansado e experiente dando conselhos a quem sonhava grande.
A dor dos entes queridos nada aplacará, levar-se-á muito tempo pra uma leve amenizada nas dores.
Meus mais sinceros sentimentos de pesar, meu coração está agoniado e pesaroso.
Meu sobrinho (Miguel Costa), seu grande amigo, distante está, e não se despedirá presencialmente — chorará sua dor solitário.
Aos pais e familiares, nossos sentimentos.
ADEUS, Carlos Henrique. Até.