9 de Julho: entenda a história da Revolução Constitucionalista que originou o feriado

Auriflama - Terça-feira, 08 de Julho de 2025


9 de Julho: entenda a história da Revolução Constitucionalista que originou o feriado

AURIFLAMA — O feriado de 9 de Julho, celebrado em todo o estado de São Paulo, homenageia um dos episódios mais marcantes da história paulista: a Revolução Constitucionalista de 1932. O movimento foi uma reação contra o governo provisório de Getúlio Vargas e se tornou símbolo da luta pela legalidade e por uma nova Constituição no Brasil.

Após a Revolução de 1930, que levou Vargas ao poder, o país passou a ser governado sem uma Constituição formal. Em resposta, setores da elite política, econômica e militar de São Paulo organizaram uma revolta armada com o objetivo de forçar o governo a convocar uma Assembleia Constituinte e restabelecer a ordem democrática no país.

A insurreição começou oficialmente em 9 de julho de 1932 e mobilizou cerca de 35 mil soldados paulistas, entre civis, estudantes, voluntários e militares. Os estados de Mato Grosso do Sul e parte de Minas Gerais também manifestaram apoio, mas não chegaram a participar ativamente do conflito, o que enfraqueceu a posição de São Paulo diante das forças federais, muito mais numerosas e bem equipadas.

A guerra durou cerca de três meses e deixou mais de 600 mortos, entre eles os jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo — cujas iniciais deram origem à sigla MMDC, que virou símbolo do movimento. Apesar da derrota militar em outubro de 1932, a Revolução Constitucionalista teve efeitos significativos: pressionado, Getúlio Vargas convocou eleições para uma Assembleia Constituinte em 1933, e uma nova Constituição foi promulgada em 1934.

Desde então, o 9 de Julho é celebrado como o maior feriado cívico do estado de São Paulo, em memória da coragem e do sacrifício daqueles que lutaram por um país mais justo e democrático. Em diversas cidades, a data é marcada por desfiles, solenidades e homenagens aos ex-combatentes.

 


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