Casal é condenado por associação para o tráfico de drogas em Auriflama

Auriflama - Sexta-feira, 18 de Julho de 2025


Casal é condenado por associação para o tráfico de drogas em Auriflama

AURIFLAMA -  A Justiça de Auriflama condenou um casal por tráfico de drogas e associação criminosa após flagrante ocorrido no dia 25 de dezembro de 2024, em uma residência no bairro Cachopa. De acordo com a sentença proferida nesta quarta-feira (17), os réus mantinham no local porções de cocaína, balança de precisão e outros instrumentos típicos da traficância. Um deles cumprirá pena em regime fechado.

O homem foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão, com 1.400 dias-multa, enquanto a mulher recebeu pena de 8 anos e 6 meses, com 1.317 dias-multa, também em regime fechado. No caso da ré, a Justiça concedeu o direito de recorrer em liberdade. Já o réu permanecerá preso preventivamente, por entender a Justiça que sua soltura colocaria em risco a ordem pública.

Flagrante em pleno Natal

Segundo os autos, a Polícia Militar foi acionada após denúncias anônimas sobre a movimentação de drogas no imóvel. Ao chegarem à residência, os policiais flagraram o homem na frente da casa, que tentou entrar rapidamente ao notar a viatura. Abordado, ele confessou espontaneamente que havia drogas no local e assumiu a responsabilidade sobre o material ilícito.

Durante as buscas, os agentes localizaram quatro porções de cocaína com peso total de 34,75 gramas, uma balança de precisão, plástico filme, um prato com resquícios de pó branco, um cartão de crédito com cocaína e R$ 555,55 em dinheiro trocado. Uma das porções foi encontrada no sutiã da moradora da residência. Ela também colaborou com os policiais, indicando a gaveta onde o restante da droga estava escondido.

Divisão de tarefas e ponto de venda

A Justiça concluiu que os dois réus atuavam em conjunto no tráfico, utilizando a residência como ponto de venda. A mulher ficava com a guarda dos entorpecentes no imóvel, enquanto o parceiro realizava a movimentação e fornecimento das drogas. Denúncias anteriores à prisão já apontavam o local como ponto de tráfico frequente.

Além da droga, os objetos apreendidos reforçaram a caracterização da traficância. O juiz entendeu que os acusados mantinham uma associação estável e permanente para a prática do crime, afastando qualquer possibilidade de se tratar de uso eventual.

Pena e consequências

A decisão judicial não aplicou o benefício do "tráfico privilegiado", já que os réus apresentavam indícios de envolvimento contínuo na atividade criminosa. A sentença também determinou a perda dos valores e materiais apreendidos em favor da União, além da destruição da droga.

O caso reforça a atuação das forças de segurança em Auriflama no combate ao tráfico de entorpecentes, sobretudo em áreas residenciais que são utilizadas como pontos de venda. A comunidade pode realizar denúncias anônimas pelo telefone 190 ou pelo Disque Denúncia.


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